quinta-feira, 3 de setembro de 2009

(CRÔNICA) O BARCO: e algumas 'mentes'...

(CRÔNICA) O BARCO: e algumas ‘mentes’...
Prof. Joceny Possas Cascaes.

De repente, pensei num barco qualquer. Fiquei imaginando uma embarcação, uma construção destinada a navegar sobre a água. Então, inúmeras imagens de barcos invadiram a ‘pessoal-mente’. Eram representações gráficas mentais de barcos grandes, médios e pequenos; cobertos e descobertos; que utilizam remos, velas e motores; destinados a passageiros e/ou a cargas; fluviais ou marítimos... As alusivas representações gráficas tomavam conta de algum ‘espaço-cerebral’ reservado às modestas imaginações. Lembrei também de uma barca e de uma barcaça. Aí, perdi-me!!! Minha ‘simples-mente’ embaralhou...
Senti-me, por uns instantes, como as cartas de um baralho ao serem baralhadas e que após são colocadas à mesa viradas para baixo; não se consegue saber em que posição ficou cada uma das cartas com o seu respectivo naipe. Qual era a diferença do barco, da barca e da barcaça? Ih!!! A ‘própria e sincera-mente’ havia achado interessante a condicionada e pesquisada resposta. Uma barcaça é uma embarcação de desembarque, usada para transportar mercadorias; uma barca é uma designação genérica aplicada a grande variedade de embarcações marítimas ou fluviais. Então, como a definição de um barco pode ser qualquer embarcação, passei a acreditar que, de certa maneira, uma barca pudesse ser também um barco.
E quanto à barcaça? Pensa-se que não tem muito a ver com essa história. Contudo, aproveito a momentânea ‘brilhante-mente’ para citar a canoa, a bateira, o bote, o escaler... Veículos ‘marinho-fluviais’, em parte, similares ao barco. Todavia, deixemos para falar sobre esses tipos de embarcações n’outro conto. Portanto, aproveitarei o inusitado momento para acrescentar um ponto... Assim, fixei a ‘modesta-mente’ num pequeno barco de pescadores. Um veículo aquático de madeira servido de motor! A ‘célere-mente’ havia buscado a imagem d’uma embarcação, em mar aberto que se encontrava distante uns vinte quilômetros da costa, com seis pescadores a bordo e com várias redes prontas para serem lançadas ao mar.
Contudo, um vento ‘forte-sorrateiro’ seguido de chuva e de vários trovões tornou ‘ávidas-as-mentes’ (no sentido de sôfregas) dos tripulantes do ‘barco-pesqueiro’. A pequena embarcação começou a dançar ao som das fortificadas ondas que se formavam. Parecia o anúncio de uma ‘fúnebre-melodia’ sendo entoada pelas bocas e pelas mãos, sabe-se lá de quem!!! ‘Desesperadas-mentes’ e corpos estavam à mercê das condições meteorológicas. Um acontecimento que não era novidade para os pescadores, mas que, embora estivessem, em parte, acostumados, sabiam que alguns ‘fatos’ sempre retornam de maneiras diferentes. Então, encontravam-se frente ao inusitado; estavam cara-a-cara com uma diferente tempestade.
Tempestade no mar, no ar, nas nuvens e na ‘principal e individuais-mentes’... O barco estava ficando alagado e o motor ensopado. Inexistia um jeito, momentâneo, de fazer o motor ligar. O negócio era usar os dois remos, acessórios considerados sobressalentes. Mas... por mais que se remasse o barco continuava a dançar ao som das ondas, sem querer obedecer às puxadas do remo e o ritmo frenético dos remadores. Um dos pescadores com uma ‘abóbora-d’água’ (uma cuia), com sua ‘singular e esforçada-mente’, com seus braços, com suas pernas e seu tronco fazia um enorme esforço para retirar a água que, por ora, inundava o barco. As redes não puderam ser lançadas; o motor e os remos, naquele momento, não serviam para nada. No entanto, a tempestade continuava, e o barco encontrava-se à deriva. Ainda... existiam ‘ardentes-mentes’ a bordo! O que fazer num momento como esse!? Mas, há o que fazer? Há instantes em que a experiência necessita habitar uma ‘nova-mente’, para poder ‘re-vigorar-se’. A fé é fortalecedora, traz força e vontade e faz continuar, acreditar que ainda é possível. Um barco, uma barca, uma canoa ou um enorme navio, não importa, as imprevistas e rigorosas intempéries não escolhem uma embarcação pelo seu tamanho para ‘atacarem’. Assim, é ‘franca e fantástica-a-mente’ que pensa que: ao se ter ‘Deus’ no coração continuar-se-á a ter que passar e a ter que suportar incontáveis desafios. Pois disso ninguém escapa. Contudo, um barco fortalecido pela ‘fé divina’ jamais virará ou será consumido pelo mau tempo. Assim, creio que devamos pensar. Nesse caso, ‘mera e plena-mente’...

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