segunda-feira, 24 de agosto de 2009

(CRÔNICA) MOSQUITOS!

(CRÔNICA) MOSQUITOS!
Prof. Joceny Possas Cascaes.

Nervosismo noturno! Tudo por causa de várias fêmeas que, instintivamente, por amor as suas crias, desejavam, hora ou outra, ‘parir’, ou melhor, pôr. Há livro que informa que os mosquitos-fêmea põem, em média, 250 a 400 ovos divididos em várias posturas. Era 21h30min.! Momento em que eu e minha esposa deitamos. Minutos após o apagar das luzes - o ataque começou. Noite quente! Olho para o lado e lá está minha companheira toda coberta, dos pés ao último fio de cabelo, sem se incomodar uma vírgula com aqueles insetos de duas asas; dípteros infames. Como costumo ligar o ventilador e não consigo dormir acobertado em tempos quentes, vivenciei um espetáculo teatral, com recheios de um ‘picante-humor’. Daqueles que – literalmente - picam.
O refil repelente de mosquito, a ser colocado no aparelho elétrico, acabara. Tinha que ser justamente naquela noite quente. Ocasião em que uma quantidade, talvez, imensurável de ‘mosquitos- fêmea’ resolveu nos visitar. Adentraram, sem pedir permissão, em nosso quarto e na oportunidade ‘in-devida’ atacaram-me. Parece que estavam programados, pois esperaram o apagar das luzes, o ‘silêncio-roncante’ pairar no ar, a quietude do adormecer e... Em poucos minutos os meus pés começaram a comichar e a sentir uma irritação subseqüente, causada por algum tipo de líquido tóxico injetado pelos ‘malditos’ mosquitos. Pés (partes baixas) para os mosquitos é predileção... Pernilongos, maruins, fincudos... Sei lá que ‘diacho’ eram aqueles malditos bichos alados.
Momento em que tive que tomar uma decisão. Subitamente levantei-me e me vesti de ‘caçador-matador’. Acendi as luzes, armei-me de um lençol e parti para o ataque. Enquanto minha esposa dormia, sem perceber o que acontecia, resolvi partir para a ofensiva. Em pouco tempo, havia conseguido dar conta de matar uns quinze mosquitos. As marcas ficaram impressas nas paredes e no teto. Como explicar isso à esposa? Sangue por toda parte. Provavelmente, o meu. Pela quantidade (impressão que tive), somando-se a que estava no ‘bucho’ dos mosquitos que não consegui matar, tiraram-me uns dois litros. Dos sete, que imagino ter uma pessoa, restavam-me uns cinco litros. Voltar para cama, para tentar dormir, poderia se transformar numa fatalidade. Encontrava-me fraco e irritado pelas picadas; se os mosquitos, que restaram, me sugassem mais uns dois litros, nem sei o que aconteceria comigo.
Que decisão tomar? Dificuldades escaldantes, no sentido de pensar que aquilo era uma punição. Deitei-me... De posse d’outro lençol e com grande esforço, acobertei-me, quase que totalmente. Deixei apenas parte da cabeça e de uma orelha de fora. Suficiência indigna!!! Os mísseis teleguiados, pela tendência natural de fortalecimento dos embriões que cada qual carregava em suas ogivas (‘ventres’), resolveram ‘contra-atacar’. Zumbidos que circundavam a região auricular... Tapas e mais tapas! Metamorfoseei! Transformei-me também num verdadeiro mosquito. Daqueles que são elétricos. Virei um sujeito irritado, irrequieto. A cena seguira-se em completo reboliço. Instante em que, minha, até então, tranqüila companheira, acorda assustada. Vê a parede lambuzada de um vermelho carmim, ou de um vermelho Ferrari e...
O que aconteceu? Que barafunda é essa? Restou, enquanto os mosquitos se escondiam, explicar minuciosamente o que havia acontecido. Então, ela retruca! Eu não senti picada alguma. Mas como você sentiria alguma coisa picante, coberta desse jeito, perguntei? Houve uma parcial compreensão e, em comum acordo, trocamos de aposento. Fechando duas portas, encarceramos os ‘vermes’. N’outro quarto acendemos várias velas com intuito de nos prevenir de novas ‘agressões’, (último recurso que nos sobrava – na ocasião). Aproveitamos o momento um tanto ‘divino’... Luzes em nossas vidas (suspense - instante de imaginação do leitor!). O calor ambiental, somado ao das velas acesas produziram pura paixão fumegante. Verdadeiras borbulhas... Meu sangue havia renovado. Em nossas vidas não há nada que possa começar mal e terminar bem! Isso ajuda a nos preparar para enfrentar novos ‘incômodos-ataques’, inclusive de mosquitos!

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