quinta-feira, 20 de agosto de 2009

(CRÔNICA) TECENDO PALAVRAS: simplesmente!

(CRÔNICA) TECENDO PALAVRAS: simplesmente!!!
Prof. Joceny Possas Cascaes

Engraçado!!! A bola não pica. Picar é farpear, é morder com o ferrão. É ferir ou furar um instrumento pontudo. Então, como a bola não tem ponta, ela vai ‘quicar’ e jamais picar. Mas, em dias de intenso frio, em que há neve, a bola poderá deixar de ‘quicar’, assim como a geada jamais cairá. Porquanto, o que poderá cair é a neve. Na verdade, a geada é o orvalho congelado que ao ser depositado em algum lugar forma uma camada branca. Mas, pintada, externamente, de branco gelo, na Rua das Palmeiras, pode-se avistar a ‘Frutaria’ do Senhor Henrique. Nesse local, vendem-se diversos tipos de frutas. O dono da ‘frutaria’ é muito querido e estimado por seus clientes.
Porém, certo dia, um ‘presado’ senhor apareceu – sorrateiramente - na ‘frutaria’. Seu desejo não era comprar, mas roubar. Penso que por isso ele era ‘presado’, pois se ‘presar’ significa prender, então, o negócio é chamar a Polícia local para encarcerar o meliante. Um verdadeiro homem ‘inzoneiro’, um intrigante que adora prejudicar os outros. Sendo assim, aproveitou-se de tal manobra furtiva para colocar a culpa no ‘garçom’ e/ou ‘garção’, que no momento comprava frutas. Por ora, nada podemos fazer, disseram os policiais ao ‘suspeito-ladrão’. Agora, precisamos levá-lo preso. O senhor tem os seus direitos garantidos, poderá dar suas explicações ao Delegado de Polícia.
Porém, ao adentrar o ‘carro-policial’, o velhaco acabou entrando num ‘estádio’ (fase) de completa euforia. ‘Se não’ admitir a culpa o caso terá que ser averiguado, comentou um dos policiais. Portanto, não fale - ‘senão’ quando você for interpelado. Assim, ‘a princípio’, o senhor tem o direito de ficar calado. Contudo, ‘em princípio’ (em tese), durante o interrogatório, poderá se manifestar. Então, chegando ao Distrito Policial, entra em cena o Delegado, um ‘experto’ em direito penal, para dar início ao interrogatório. Ocasião em que o ‘esperto’ larápio resolve, por intermédio das palavras, fazer ‘emergir’ algumas verdades. Enfim, a conformidade com o real tende a transparecer, a vir à tona.
Mas, algo ainda ‘imergia’ (encontrava-se escondido) no interrogatório. O suspeito continuava a dizer que a culpa era do ‘garção’. Porém, o Delegado resolveu ‘apelar’ (falar de maneira mais áspera). O senhor ‘infringiu’ a lei, por conseguinte terei que lhe ‘infligir’ uma penalidade. Pedirei ao juiz um ‘mandado’ de prisão temporária até o esclarecimento dos fatos. Meu ‘mandato’ como Delegado nesse Distrito termina amanhã. A pedido, estou sendo transferido! Portanto, pedirei ao meu substituto para averiguar esse caso. Por enquanto, encarcerem-no!!! Policial! (Inquire o Delegado). Repare ‘o’ bigode dele! Doutor! Não temos barbeiro nessa Delegacia. Acho que você não me entendeu, retruca o Delegado. Quero apenas que você repare ‘no’ bigode dele.
O bigode do suspeito tem uma falha. Simplesmente, achei engraçado. Porém, ‘acerca’ desse caso-furtivo gostaria que fosse preenchido o Boletim de Ocorrência (BO). Estamos ‘a cerca’ de dez minutos do final do expediente. Preciso ausentar-me. Tenho que passar no meu sítio para consertar a ‘cerca’ de arame. Assim, o gado não fugirá. Deixei-os presos num pequeno cercado improvisado. Com o reparo da cerca, poderei soltá-los no pasto. Por favor, soldado! Passe-me o ‘óculo’! Seus ‘óculos’ estão pendurados em seu pescoço. Estou pedindo a minha ‘luneta’ que está próxima a você. Quero, de longe, observar o crescimento dos meus pés de eucaliptos. Porém, antes de me dirigir ao sítio, preciso passar no borracheiro, é preciso arrumar o ‘estepe’ do carro.
Se o tempo me permitir, tentarei aparar a grama. Mas, se eu morasse na Rússia ou numa região semi-árida e fria, em que há mudanças alternadas de áreas desérticas e as áreas úmidas, poderia estar falando em cortar a ‘estepe’. Contudo, preciso colher algumas ‘florezinhas’. Minha esposa quer fazer um buquê com as ‘florinhas’ que eu colher. Então, até amanhã. Nesse ínterim, o ‘larápio-preso’ grita perguntando: posso ir junto com o Senhor? ‘Por quê’? ‘Porque’ posso ajudá-lo. Ademais, existe um ‘porquê’ pessoal que me induz a querer ajudá-lo. Então, diga-me ‘por que’ quer fazer isso? Desse modo posso pagar o meu acometimento maldoso. Então, você é culpado?
Sim!!! Confesso a minha culpa nesse caso. Espero que o Senhor me dê uma chance. Que bom que você ‘colaborou’. Vou levá-lo junto comigo. Você poderá ‘corroborar’, reforçar a minha empreitada. Vamos ‘cassar’ o seu depoimento. Escrivão! Procure torná-lo sem efeito. Ele trabalhará no sítio nos próximos cinco dias. Comunicarei a decisão ao juiz. Ele entenderá. Existem algumas pessoas que ‘caçam’ na região onde se localiza o meu sítio. Isso é contravenção. Ele poderá, quem sabe, descobrir algo a respeito. Esse serviço poderá ser considerado um préstimo comunitário. Porém, você necessitará passar na pele algum tipo de repelente, para não ser ‘picado’ pelos mosquitos. Como sugestão, leve junto uma bola de vôlei. Pois, se desejar que o tempo passe mais depressa – pense em ‘quicar’ a bola e abandone qualquer idéia de querer ‘picá-la’...

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