quinta-feira, 20 de agosto de 2009

STATUS QUO: e atitude...

‘STATUS QUO’: e atitude...
Prof. Joceny Possas Cascaes. joceny@terra.com.br

Deseja-se, meramente, com esse texto expor alguns pensamentos com a intenção de criar com o leitor uma interlocução textual. Nesse sentido, fica-se mais à vontade para prosar sobre algo inusitado e, ao mesmo tempo, inspirador. Pois, temas como esses, são sempre arrebatadores, talvez, porque necessitem de suscitações de idéias. Eles surgem de um conhecimento advindo do senso-comum e propagam-se contaminados de pareceres pessoais filosóficos e religiosos. Contudo, por fim, embriagam-se nas férteis, questionáveis e infindas águas do conhecimento científico. Então, nesse caso, mesclam-se alguns tipos de conhecimentos e, com isso, procura-se uma ou mais idéias que sejam instigadoras de outros olhares, inseridos em diferentes contextos.
Mas, Pérsio Santos Oliveira (2003, p.250), em seu livro didático, define ‘Status quo’ como sendo uma “expressão latina que significa o estado atual em que se encontram as coisas; ordem social”. Pois, sem um controle social, as instituições e as atividades coletivas estariam susceptíveis ao caos. Isso se torna, até certo ponto, claro! Criar ou viver num ambiente social em que se faça, constantemente, presente a balbúrdia, deixa, quem sabe, de ser, para muitas pessoas, algo agradável. Todavia, ressalta-se que, historicamente, inúmeros conflitos e guerras entre povos, por inúmeros motivos, fizeram-se necessários e, por conseguinte, em muitos casos, contribuíram imensamente para a ‘re-transformação’ e ‘re-organização’ do ‘status quo’ dos povos envolvidos nos conflitos e que, muitas vezes, propagados, trouxeram também mudanças sociais mundiais. Contudo, deve-se considerar que o ‘status quo’ mantém relação também, em termos de significado, com o estado atual das coisas antes da guerra. Porém, após algumas situações conflitantes entre nações e povos, em geral, outros pensares e outras ordens sociais se instalam!!!
Mas, há um status social que deve ser compreendido como um papel social comportamental de um determinado indivíduo. Na verdade, é aquilo que um grupo social espera de uma pessoa: que ela cumpra seus afazeres sociais. No entanto, a maneira de agir de uma pessoa, numa determinada situação, torna-se um fator ‘sócio-histórico-cultural’, delimitador ou não de mudanças, sejam elas pessoais e/ou sociais. É comum que algumas pessoas ajam de forma positiva e outras de maneira negativa frente a outros indivíduos e/ou circunstâncias diversas. Assim, as atitudes pessoais e sociais se tornam manifestações importantes e decisivas na vanguarda dos acontecimentos cotidianos. A postura de alguém em um determinado grupo social, no que se refere ao seu aspecto físico, a sua expressão fisionômica, à posição de seu corpo e às suas idéias formam fatores individuais únicos e estimuladores ou não de mudanças.
Todavia, ao Estado compete (pelo menos deveria) a manutenção e a garantia do bem-estar e da ordem pública de seu povo. Mas, o desabrochar do novo sempre se faz necessário. Cotidianamente, incontáveis idéias fervilham na cabeça das muitas pessoas que povoam o globo terrestre, pois somos mais de seis bilhões de seres, em constante ‘re-construção’ civilizatória, morando em mais de duzentos países e nações nesse Planeta. Então, como desejar que o mundo das idéias deixe de atingir, cada vez mais, significativos patamares de desenvolvimento? Perceba-se: são as atitudes que contribuem com o repassar das idéias pessoais, que, dependentes dos aspectos de educação sócio-histórico-culturais, quando divulgadas e discutidas, em um determinado grupo, perpassam e adquirirem propulsão transformadora coletiva. Pois, todo desenvolvimento ‘econômico-social’ quando ecologicamente e eticamente programado e sustentado, torna-se, quem sabe, o ideal. Porém, nem todo crescimento mantém uma relação harmônica com a sua ambiência.
Então, é o “status quo”, que também tem ligação com a manutenção da tranqüilidade pública, que, em geral, é assegurada pelas leis de cada Estado, que ajuda a sustentar essa ordem social. Nesse sentido, é notório que sejam as atitudes individuais que, ao se tornarem coletivas, tornem-se os elementos desencadeadores ou não das mudanças sociais. Por conseguinte, não importa que essas atitudes sejam conservadoras, que lutam sempre pela manutenção do velho; ou que sejam reformistas, que estejam sempre pensando no resgate do passado, mas com um olhar futurista; ou que sejam revolucionárias, que, muitas vezes, são transgressoras da ordem pública. Mas, ao se pensar em ‘status quo’ e atitude é importante que se entenda, um pouco, dos acontecimentos históricos para que, deixando-se de repetir os erros do passado, consolide-se um presente mais seguro. Assim, é a atitude de cada pessoa que garante ou não a ordem pública. Por isso, a preservação e a melhoria do ‘status quo’ dependerão, de inúmeros e ‘im-previstos’ fatores, e, principalmente, da atitude das pessoas e do que elas pensam e fazem de suas próprias vidas...

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